quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Claudio Versiani


Claudio Versiani nasceu em Belo Horizonte, Brasil, em 1954.
Jornalista há 30 anos. Trabalhou nos principais jornais e revistas do Brasil. Foi repórter fotográfico em Belo Horizonte, São Paulo e Brasília, onde viveu de 1987 até 2002. Nos últimos 5 anos foi fotógrafo free-lance em Nova York. Atualmente reside em Barcelona, Espanha.
Versiani co-edita a revista eletrônica sobre fotografia PicturaPixel e também o blog da Pictura. As fotografias de Angola foram feitas no ano de 1999 para o jornal Correio Braziliense, onde ele atuava como editor de fotografia.

Angola 38 anos de guerra

Pela minha paixão por fotografia, pela fascinante arte de mostrar a realidade nua e crua, e pelo simples desejo de compartilhar belas imagens.
Vejam que obra de arte estas fotos de Cláudio Versiani.














Angola 38 anos de guerra
Fotografar em Angola, por si só já não é tarefa fácil. A dura realidade dos sobreviventes de 38 anos de guerra estabelece uma condição tensa na relação fotógrafo/fotografado.Foram duas guerras. Primeiro a de independência e depois a luta fraticida numa guerra civil que atraiu atenção mundial. Por Angola passaram tropas da África do Sul e de Cuba, leia-se EUA e a ex-União Soviética.A câmera fotográfica está associada a espiões, de um lado e de outro. Esta percepção persiste até hoje ou pelo menos persistia até 1999. Mais por conveniência do que por qualquer outro motivo.Em Angola uma câmera significa a possibilidade de se ganhar um dinheiro extra ou até a própria câmera. Mesmo o cidadão comum te diz que é proibido fotografar. Naquela época o menor salário em Angola era de 12 dólares e o maior de 200. Os angolanos tinham de se "virar" para sobreviver. A grande questão que se impõe para um fotógrafo em Angola é exatamente: como fotografar ? Afinal são vítimas de uma guerra cruel, ou duas. Gente que perdeu tudo ou quase tudo. Menos a dignidade, a vontade de viver e a esperança de ser feliz. E felizmente a guerra acabou em 2002.A democracia ainda demora um pouco a chegar, infelizmente.
Texto: Cláudio Versiani









Musica e arte


Flores
Titãs
Composição: Tony Bellotto / Sérgio Britto / Charles Gavin / Paulo Miklos


Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores Flores
As flores de plástico não morrem

Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
FloresFlores
As flores de plástico não morrem
FloresFlores
As flores de plástico não morrem
Veja o clip de FLORES na versao acustico MTV:
Buanas Notches!
Lui