Um clássico do jornalista e escritor Mário Filho, irmão do notável cronista e dramaturgo Nelson Rodrigues. Nesta obra, Mário Filho, que deu nome ao estádio do Maracanã, fala sobre a luta travada pelos jogadores negros para vencerem o racismo e se destacarem no futebol brasileiro.
Quando foi implantado no Brasil, no começo do século XX, o futebol, de origem inglesa, era um esporte praticado pelas elites e os clubes se fechavam aos pobres, principalmente se não fossem brancos. Os primeiros jogadores pardos e mulatos, como o paulista Arthur Friedenreich, grande ídolo dos anos 10 e 20, autor do gol que deu ao país o título do Sul-americano de 1919, tinha de alisar o cabelo para parecer branco. Outros, usavam pó-de-arroz na pele, de onde veio o apelido do aristocrático Fluminense do Rio. O Vasco chegou a ser proibido de jogar o campeonato carioca por ser o primeiro time de prestígio a incluir negros em suas fileiras. Mas aos poucos, diante do inegável talento dos negros para o futebol, a resistência foi caindo. Vieram Leônidas, Zizinho, Domingos da Guia, Didi. Mas só mesmo com a explosão de Pelé e Garrincha, a partir do final dos anos 50, a imprensa e o povo se renderam às qualidades futebolísticas da raça negra. A lista recente dos grandes craques brasileiros mostra que sem os negros o Brasil não seria reverenciado como o País do Futebol: Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Robinho, Adriano, Vagner Love, são alguns negros ou descendentes de negros que ainda brilham nos campos de futebol. “O Negro no Futebol Brasileiro”, com 402 páginas, lançado pela Editora Civilização Brasileira, termina a história no começo dos anos 60, com a confirmação de Pelé como o maior gênio do futebol mundial. É uma obra indispensável para se conhecer o futebol, o Brasil e o povo brasileiros
conteudo retirado do link: http://pt.shvoong.com/humanities/h_history/1661520-negro-futebol-brasileiro/