terça-feira, 16 de dezembro de 2008

OS 100 MAIS: A Tábua de Esmeralda

A Tábua de Esmeralda é o décimo primeiro álbum do cantor brasileiro Jorge Ben. Foi lançado em LP em 1974.


NUMERO 6


Depois da coletânea Dez Anos Depois, Jorge iniciou uma nova fase que ele chama de alquimia musical. Considerando-se um novo adepto da alquimia, ele diz o que norteou a criação no seu último LP A TÁBUA DE ESMERALDA: "A maioria das músicas são alquímicas, mas sempre pela filosofia musical. Eu pretendo que a minha música traga paz de espírito e tranqüilidade para quem a escuta". O ritmo continua sendo aquele já conhecido de todos nós, só que com algumas alterações nas divisões para acompanhar as extensas letras retiradas de grandes textos alquímicos. Os arranjos tem efeitos espaciais complementando o clima cósmico de muitas das músicas, especialmente em ERRARE HUMANUM EST, onde, segundo Jorge, "procuro mostrar se eram os deuses astronautas ou não.

É quase uma mecânica celeste". Toda a apresentação gráfica do disco acompanha os motivos principais das músicas, e foi nas figuras que Nicolas Flamel encontrou em um livro da Abrahão que foi baseada na capa do LP. Esta nova face do trabalho de Jorge Ben remete às coisas celestes, mas não esquece as coisas simples. Em EU VOU TORCER fala da paz, da alegria, do amor, do inverno, do verão, da agricultura celeste e do maior teólogo cristão, no entender de Jorge: Santo Thomas de Aquino. "Parto das coisas mais sérias até às mais simples, como o meu time de futebol, porque todas elas tem muita importância e motivo de existirem", complementa Jorge. Uma estranha parceria se estabelece na faixa HERMES TRISMEGISTO E SUA CELESTE TÁBUA DE ESMERALDA, Jorge Ben e o faraó egípcio Hermes Trismegisto, que teve os seus textos traduzidos pelo alquimista contemporâneo FULCANELLI. Hermes era chamado de "TRÊS VEZES O GRANDE" e seus escritos foram encontrados pelos soldados de Alexandre da Macedônia na Pirâmide de Gize, grifados com uma ponta de diamante numa lâmina de esmeralda. Várias traduções foram feitas sobre este tratado, e a de FULCANELLI foi considerada a melhor delas, e entre os vários idiomas em que pode ser encontrado o texto, está o português arcaico, que é a utilizada por Jorge Ben.

Aliás, ele procurou fazer poucas variações para não tirar a beleza do texto, e conclui: "Tenho muito respeito e admiração pelo trabalho de um alquimista, pois ele dedica toda a sua vida a estudar e procurar com uma fé e perseverança não comparável a coisa alguma. Desde o LP BEN ROSAS ERAM TODAS AMARELAS já há o reflexo do estudo e da tentativa de aplicar tudo isto à minha música. Pessoalmente houve uma grande mudança em minha vida e eu me sinto profundamente satisfeito comigo mesmo. Os textos alquímicos são complicadíssimos, mas eu os vou interpretando de acordo com a minha compreensão, sentimento e bem estar".
Na faixa O HOMEM DA GRAVATA FLORIDA, Jorge homenageia Paracelso, um grande alquimista, e em ESTÃO CHEGANDO OS ALQUIMISTAS, a dedicatória é para todos os filósofos herméticos. O trabalho vai continuar e outras músicas já estão sendo preparadas para receber textos alquímicos, e entre eles há uma oração de Nicolas Flamel onde ele pede a Deus para não perder a fé e a força na sua vida de pesquisas. Mas isso fica para outro disco onde Jorge Ben explorará mais o caminho aberto pelos alquimistas na sua vida.

Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em: Veículo: Estado do Paraná Caderno ou Suplemento: Nenhum Coluna ou Seção: Jornal do Espetáculo Página: 74 Data: 09/06/1974

Faixas


1 -Os alquimistas estão chegando os alquimistas (Jorge Ben) (Jorge Ben)
2 -O homem da gravata florida (Jorge Ben)
3 -Errare humanun est (Jorge Ben)
4 -Menina mulher da pele preta (Jorge Ben)
5 -Eu vou torcer (Jorge Ben)
6 -Magnólia (Jorge Ben)
7 -Minha teimosia, uma arma pra te conquistar (Jorge Ben)
8 -Zumbi (Jorge Ben)
9 -Brother (Jorge Ben)
10 -O namorado da viúva (Jorge Ben)
11 -Hermes Trismegisto e sua celeste Tábua de Esmeralda (Fulcanelli - Jorge Ben)
12 -Cinco minutos (Jorge Ben)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Grandes nomes do Jazz



Wes Montgomery

Wes Montgomery (Indianapolis, Indiana, 6 de Março de 1925 - 15 de Junho de 1968), nascido John Leslie Wes Montgomery, foi um guitarrista de jazz norte-americano.
Filho do meio de três irmãos, todos músicos, mudou-se ainda criança para Ohio. Autodidata, Wes começou a tocar só aos 19 anos, e por influência de Charlie Christian, de quem ouvia os discos e memorizava os solos. Seis meses mais tarde, já tocava profissionalmente.
Wes tocava guitarra de uma maneira pouco ortodoxa, já que usava o polegar em vez da palheta, bem como um modo único de tocar em oitavas ou em block chords,o que tornava a sua guitarra mais expressiva e melodiosa. Muitos guitarristas do jazz atual nomeiam Wes como uma das suas principais influências, entre os quais: Pat Metheny e George Benson.
Sua extrema liberdade e fluidez no instrumento chamaram, desde o início, a atenção de músicos como Cannonball Adderley, e em 1960 lhe valeriam o prêmio New Star da revista [Down Beat].
Wes definiu aquela que viria a ser a sonoridade clássica da guitarra de jazz nos anos 60 e tornou famosa a formação guitarra, órgão Hammond e bateria (The Wes Montgomery Trio 1959).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.